Apresentação do número especial “Rede de Herbários e Herbários Virtuais no Brasil”
A Rede Brasileira de Herbários (RBH) da Sociedade Botânica do Brasil (SBB) foi formada a partir da “Comissão de Herbários”, e coordenada por alguns curadores, indicados a cada Congresso Nacional de Botânica.
Uma página com informações e o Catálogo da RBH estão hospedados na página da SBB (http://www.botanica.org.br/rbh) e disponíveis à toda a comunidade. O catálogo foi construído com base em dados organizados por Vinícius C. Souza, na época coordenador da “Comissão” para a página “Taxonomia no Brasil”, coordenada por Hilda M. Longui-Wagner e hospedada na Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
A RBH tem como missão articular o fortalecimento dos herbários brasileiros e suas coleções associadas e auxiliares. Um dos objetivos para desenvolver esta missão é ampliar a divulgação dos dados sobre os herbários brasileiros e suas atividades, assim, além da manutenção do catálogo, diferentes atividades são propostas a cada ano. Desde 2014, a comunicação da Rede Brasileira de Herbário com os curadores, bem como entre os curadores, foi ampliada com uso de novas ferramentas, como a página no Facebook (https://www.facebook.com/groups/636109086464434) e o email do Google Groups (rede-brasileira-de-herbarios@googlegroups.com). Estas ferramentas tem permitido a troca de experiências entre os curadores, facilitando o intercâmbio de informações sobre os acervos, sobre boas iniciativas e ou práticas, como regimentos, manuais e políticas para o herbário e sobre a rotina de trabalho nos acervos e seus equipamentos e mobiliários.
Para o 66º Congresso Nacional (Santos, São Paulo) foi proposto um número especial da UNISANTA BioScience, que reunisse e ampliasse as informações atualizadas dos herbários brasileiros. O Vol 4, No 6 (2015) Edição Especial “Herbários do Brasil” – 66º Congresso Nacional de Botânica, foi lançado em Outubro e apresenta textos sobre 59% dos herbários ativos na RBH (116 herbários em outubro de 2015), de todas as regiões do país e quase todos os estados.A proposição e adoção da “Estratégia Global para a Conservação de Plantas (GSPC)”, em 2002, pelos países signatários da Convenção sobre a Diversidade Biológica, acompanhada pela proposta da “Iniciativa Taxonômica Global”, envolviam ações vinculadas ao diagnóstico, avaliação e infraestrutura para o desenvolvimento e preservação das coleções. Durante os quase 15 anos seguintes, programas governamentais, elaboração de documentação sobre diretrizes e estratégias para as coleções biológicas, editais para apoio ao desenvolvimento das coleções e formação e capacitação de taxonomistas trouxeram um avanço expressivo para os herbários brasileiros e suas equipes.
O desenvolvimento de equipamentos, protocolos e ferramentas de tecnologia de informação permitiram o estabelecimento de diversas propostas que visaram informatizar as coleções, compartilhar coletivamente os dados de espécimes coletados em solo brasileiro, resgatar a história de pesquisadores, bem como, repatriar informações de amostras no exterior. Outras iniciativas institucionais e de redes regionais, ampliaram a melhoria na curadoria dos acervos e na divulgação sobre a flora e micota brasileiras.
Desta forma, para este segundo volume “Redes de Herbários e Herbários Virtuais no Brasil”, a proposta foi registrar experiências com o trabalho conjunto de herbários em redes e o desenvolvimento de herbários virtuais, na documentação da biodiversidade brasileira.Continuamos com o mesmo propósito, de que este novo número da UNISANTA Bioscience, inspire a todos nós botânicos, para desenvolvermos os acervos e sua preservação, trabalharmos em conjunto para a validação e o compartilhamento dos registros depositados nos acervos e ampliarmos o registro das espécies de plantas e fungos nos herbários brasileiros.